quarta-feira, 16 de junho de 2010

Francis Fukoyama - O fim da História

Por Camila Gregurincic

Funcionário público do Departamento de Estado norte-americano, Francis Fukoyama (1952 - ) ficou famoso com o livro "O fim da história e o Último homem".

- Conservador
- Neoliberal
- Visão Linear

Com a queda do Muro de Berlim, o fim da guerra fria e de uma era bipolar (comunismo X capitalismo), uma grande maré capitalista tomou conta do mundo e trouxe várias propostas neoliberais nos terrenos político e econômico.

O esforço principal de Fukuyama, que provocou e ainda provoca grande repercussão, foi o de tentar elaborar uma linha de abordagem da história, indo de Platão a Nietzsche e passando por Kant e Hegel, a fim de revigorar a tese de que o capitalismo e a democracia burguesa constituem o coroamento da história da humanidade, ou seja, de que a humanidade teria atingido, no final do século XX, o ponto culminante de sua evolução com o triunfo da democracia liberal ocidental sobre todos os demais sistemas e ideologias concorrentes.

Para Fukoyama, o século XX viu, primeiramente, a destruição do fascismo e, em seguida, do socialismo, que fora o grande adversário do capitalismo e do liberalismo no pós-guerra. O mundo teria assistido ao fim e ao descrédito dessas duas alternativas globais, restando apenas, atualmente, em oposição à proposta capitalista liberal, resíduos de nacionalismos, sem possibilidade de significarem um projeto para a humanidade, e o fundamentalismo islâmico, confinado ao Oriente e a países periféricos.

Assim, com a derrocada do socialismo, Fukuyama conclui que a democracia liberal ocidental firmou-se como a solução final do governo humano, significando, nesse sentido, o "fim da história" da humanidade.

O fim da história, segundo Fukoyama, não quer dizer o fim dos eventos (guerras, conflitos, choques econômicos, culturais ou militares), e sim a chegada ao seu "destino teleológico", a um modelo societário que representaria o final da humanidade. Esse modelo ou estágio final, como já falado, seria a democracia liberal.

"O mundo não trilharia o caminho previsto pela ortodoxia esquerdista, o mundo estava evoluindo rumo à democracia liberal, e este seria o destino final." Francis Fukoyama

Três desafios enfrentados pela democracia liberal: Regime autoritário - anárquico; Fascismo - Extrema-direita; Comunismo.

Em entrevista com a VEJA sobre a Crise de 2008, Fukoyama disse que o maior controle sobre sistema financeiro e uma presença bem maior do Estado na economia(uma economia mais de Estado e menos de mercado) seria a melhor maneira para o capitalismo e a democracia liberal sobreviverem à crise.
Além disso, disse que a crise não foi causada por um desvio do liberalismo, mas por opções políticas equivocadas.

"O pior dessa história toda é que, na esteira da crise, estamos assistindo a um aumento do nacionalismo econômico. Seu desdobramento mais nefasto é o protecionismo." Francis Fukoyama

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