terça-feira, 31 de agosto de 2010

SEMANARI - Inscrições abertas



Em setembro vai começar a primeira semana acadêmica de relações internacionais na UFSC. Ela busca o aperfeiçoamento do futuro internacionalista, trazendo para a UFSC os principais debates que estão em pauta nas mesas de discussões no Brasil e no mundo.

As inscrições já estão abertas no site http://semanari.ufsc.br/inscricoes
O público alvo: Alunos de Relações Internacionais, Ciências Jurídicas, Ciências Econômicas, Ciência Política, História e áreas afins, além de professores, empresas privadas, terceiro setor e da comunidade em geral.

As palestras confirmadas: http://semanari.ufsc.br/palestras-2

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

X Encontro Nacional de Estudos Estratégicos


Entre os dias 22 e 24 de setembro, a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República promoverá o X Encontro Nacional de Estudos Estratégicos (ENEE). O encontro acontecerá em Brasília e conta com a presença de todos.

As inscrições são gratuitas e serão debatidos quatro eixos temáticos, sendo eles: Eixo Estado, Eixo Economia, Eixo Infraestrutura e Eixo Sociedade.

Para maiores informações: http://www.sae.gov.br/enee

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Hugo Chávez: Si o no?

Conversando com o Antônio Carlos Silva Ferreira, autor de dois textos postados aqui no blog (Equatorianas e Quebec), discutíamos sobre a política implantada por Hugo Chávez:

1)Os pobres e os muito pobres são os que votam, incondicionalmente, a favor de Chávez.
2)A classe média, indecisa e sem muita opção, não são nem a favor nem contra.
3)Os ricos e os muito ricos, empresários e comerciantes, prejudicados pela atual política, são totalmente contra.

Baseado nos fatos verídicos, noticiados em todos os jornais, na instabilidade política e econômica, acredito que a política do presidente venezuelano baseia-se muito no populismo, enquanto deveria de ter um equilíbrio maior entre o populismo e a elite.

Lendo textos a respeito da economia venezuelana há duas décadas e conversando com pessoas que freqüentaram o país, constato que realmente a desigualdade social e econômica era muito grande. Um país explorado por suas riquezas naturais, por potências econômicas, nacionais e multinacionais que em nada repassavam os grandes lucros para melhoria da condição social.

Caros leitores, a política do senhor Hugo Chávez poderia ser considerada correta na atual conjuntura. Porém, acredito que deveria ser implantada com doses homeopáticas. Antigamente e atualmente, a Venezuela dependia e depende, única e exclusivamente, da venda do seu produto natural mais valioso, o petróleo. Baseado na política socialista-bolivariana atual, a produção bem como a venda do petróleo, decairam drasticamente por falta de investimentos, bem como, potências capitalistas deixaram de comprá-lo.

Em função da política radical de Chávez, em ataque e fechamento de meios de comunicação e aos grandes empresários, essa parte populacional resolveu encerrar suas atividades e imigrarem para outros países. Dessa forma, o país perdeu grande parte da classe produtiva, que bem ou mal, diversificava o PIB e fornecia empregos no país. Atualmente, verifica-se que a taxa de desemprego e inflação são ascendentes e os produtos importados aumentaram de preço.

Em suma, observa-se certa insatisfação generalizada na política atual. Os pobres que sempre apoiaram Chávez estão desiludidos por não verem um futuro promissor ao país. No final de setembro estamos prevendo uma eleição muito acirrada com relação à continuidade da sua política social-bolivariana, até porque o voto na Venezuela não é obrigatório como aqui no Brasil e além disso, acredita-se que a oposição irá avançar, mas Chávez terá maioria. Vamos esperar os próximos acontecimentos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Palestra Mercosul e União Européia

Data: 23/08/2010 (Segunda-feira)
Hora: 19:30
Local: Auditório do Campus Norte da Ilha

TEMA: “Mercosul e União Européia: questões político-jurídicas e comerciais”

* Lançamento do Livro: “Mercosul e União Européia: o estado da arte dos processos de integração regional”.

Palestrantes/Autores:

- Profa. Dra. Karine de Souza Silva
Titular da Cátedra Jean Monnet da União Européia
Programas de Doutorado e Mestrado em Ciência Jurídica
Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI

- Prof. MsC. Rogério Santos da Costa
Curso de Relações Internacionais – UNISUL
Coordenador do GIPART – UNISUL

- Pesquisadora Juliana Wust Panceri
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Barão do Rio Branco



Falar o porquê do Barão do Rio Branco ter sido de extrema importância para a diplomacia brasileira parece uma tarefa fácil... Mas não se trata de uma análise tão simples assim.

O nome Rio Branco é bastante conhecido por se tratar da nomeação dada ao Ministério das Relações Exteriores - Palácio do Itamaraty, também conhecido como Instituto Rio Branco.

Caro leitor, você deve estar se perguntando quem foi o Barão do Rio Branco e o que ele fez de formidável, para até hoje sua obra e vida ainda serem memoráveis.

José Maria da Silva Paranhos Júnior, conhecido como o famoso Barão do Rio Branco, nasceu em 20 de abril de 1845 (dia que em Brasília, é comemorado o dia do Diplomata), e faleceu em 1912.

Obs: Na disputa representada pelo Barão do Rio Branco à Guiana Inglesa, o advogado foi o brasileiro Joaquim Nabuco - 2010 é considerado o ano nacional de Nabuco.

Paranhos formou-se em Direito e dedicou-se à carreira diplomática, representando pessoalmente o Brasil na solução de várias disputas territoriais. Queridos leitores, foi neste momento que a importância do Barão tornou-se mais relevante, pois em todas essas representações diplomáticas em disputas territoriais, Paranhos obteve êxito em todas elas. Querem exemplos? O nosso ex-território federal Amapá e o Estado do Acre (falo ex-território, pois de acordo com a última Constituição Brasileira não temos mais Territórios Federais).

Só para aprofundar o assunto sobre Territórios Federais, com exceção do Acre, incorporado ao Brasil a partir de aquisição de parte do território boliviano, os demais Territórios Federais foram criados por desmembramento de Unidades Federativas Brasileiras. Eram entidades constitutivas do Estado Federal e eram administrados pela União. Assim, não havia autonomia política nos Territórios Federais, apenas administração da União.

Retomando ao assunto e finalizando com um trecho do livro “O que é Diplomacia” de Sérgio Bath, “o êxito da gestão Rio Branco granjeou de modo duradouro a admiração e a confiança da opinião pública, que desde então tem privilegiado nosso Ministério das Relações Exteriores”.
(Página 57, Capítulo “Os discípulos de Rio Branco: A diplomacia Brasileira”)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Cursos à distância

Por Camila Gregurincic

Já estão abertas as inscrições para vários cursos à distância oferecidos pela Escola de Altos Estudos Estratégicos (EAEE) e de Geopolítica (CENEGRI- Centro de estudos em Geopolítica e Relações Internacionais).
Os cursos oferecidos e os respectivos inícios são os seguintes:

► Introdução à Geopolítica (Prof. Charles Pennaforte): 09/08/2010;
► África entre a Exclusão e a Globalização (Prof. Ricardo Luigi): 23/08/2010;
► Rel. Internacionais da América Latina (Profª. Natalia Maciel): 06/09/2010;
► O Brasil e a América do Sul, Hoje: Inserção e Integração Regional (Prof. Daniel Chaves): 20/09/2010;

Pessoal os cursos não são gratuitos, mas pra quem estiver interessado o site é http://www.cenegri.org.br/portaleaeeg/index.php?option=com_content&view=article&id=27&Itemid=30

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"Equatorianas"

Por Antônio Carlos Silva Ferreira.

*Administrador e Especialista em Relações Internacionais.
*E-mail: acferreira@atarde.com.br



Equatorianas
Quinze dias de viagem pela República do Equador

No conforto do suave inverno de Salvador, escrevo estas notas com impressões dos meus 15 dias de viagem pela República do Equador em julho passado. O nome “Equatorianas” veio como inspiração do nome “Brasilianas”, que é um programa sobre temas brasileiros, apresentado na TV Brasil pelo jornalista Luís Nassif. Dame tu mano y venga conmigo!

Faz um 21

No Brasil, uma conhecida empresa de telefonia usava o slogan “Faz um 21” para indicar que suas tarifas eram as mais baixas do mercado. No Equador, os preços em geral - transportes, refeições, compras, etc. – são os mais baratos que já paguei, dentre os países que já visitei. Por que isso me fez lembrar o slogan da companhia telefônica? É que na sequência de países por mim visitados, o Equador foi, coincidentemente, o de número 21.

Corazón Partido

A chegada em Quito estava prevista para a noite de 01 de julho, assim, eu assistiria ao jogo Brasil x Holanda, no dia 02/07, já bem acomodado no hotel, depois do café da manhã, uma vez que no Equador o jogo teria início às 09 horas. Acontece que, após duas tentativas de aproximação da pista de pouso do Aeroporto Mariscal Sucre, em Quito, sem sucesso devido ao nevoeiro, o piloto da AeroRepública decidiu regressar a Bogotá, de onde havíamos partido. O vôo foi reprogramado para as 08 e meia da manhã do dia seguinte e o jogo do Brasil começou meia hora depois de termos decolado. Já perto da hora de pousar em Quito, o piloto informou que o Brasil ganhava de 1 a 0. A maioria dos passageiros, que eram não-brasileiros, fez algum barulho de contentamento, eu certamente fui o mais empolgado. Ao desembarcar, ainda no aeroporto, eu pude ver o empate da Holanda e daí em diante o jogo foi acompanhado pelo rádio da van que seguia até o hotel. Para quem está acostumado com jogo na TV, foi dramático acompanhar a derrota do Brasil, sem direito a play nem replay, escutar as 03 cobranças de escanteio consecutivas (“tiro de esquina para Brasil”, na voz do locutor equatoriano) que não renderam gol e um lance de Kaká que o locutor chegou a gritar gol – mas não foi - até que tudo terminou, quando a van estava chegando ao hotel. Sem querer ser melodramático, eu me senti como aquelas mães da Plaza de Mayo, na Argentina, ou as mães dos guerrilheiros do Araguaia no Brasil, cujos filhos foram mortos e elas nunca receberam os corpos para enterrar. Neste caso, eu ouvi o Brasil perder, mas não vi e até hoje aquela derrota me parece mais sonho que realidade.

Locução interessante

Durante a narração do jogo Brasil x Holanda, pela emissora de rádio de Quito, o locutor introduzia propagandas dos patrocinadores, sempre fazendo um link com algum lance do jogo. Quando o Brasil já estava perdendo para a Holanda, ele falou: "O Brasil precisa fazer uma mudança, como fez o Ministério da Saúde (do Equador) e agora milhares de pessoas são beneficiadas com saúde de qualidade".

Avenida dos Vulcões

Viajei de Quito a Cuenca pela rodovia Panamericana Sul, construída no vale entre as seções oriental e ocidental da Cordilheira dos Andes, sobre a antiga rota que fora denominada de Avenida dos Vulcões pelo geógrafo e explorador alemão Alexander Von Humboldt , quando lá esteve pelos idos de 1802. As cidades ao longo da Avenida dos Vulcões são todas bem sinalizadas, com portais que identificam a cidade e trazem algum slogan com apelo turístico.

Pequeno grande Equador

Na viagem terrestre de Quito a Cuenca, cruzei 06 estados do Equador, a saber: Pichincha, Cotopaxi, Tungurahua, Chimborazo, Cañar e Azuay. Bem, isto não chega a ser uma grande façanha se eu explicar que a viagem foi feita em 03 dias, percorrendo cerca de 400 km no total e que o Equador, embora tenha 24 estados , tem mais ou menos a mesma área do estado do Rio Grande do Sul e menos da metade da Bahia. Mas a viagem vale a pena, pois a paisagem é magnífica e há bastante diversidade cultural naquele país.



Boas estradas

Considerando o tamanho do país, a minha amostra de 400 km percorridos me deu a impressão de que as estradas do Equador são muito boas, pois por onde andei estavam em excelente estado. Nos poucos trechos que não estavam boas, viam-se trabalhadores agindo na recuperação do asfalto. Em outros trechos, onde a chuvas castigam o asfalto duramente, o governo está substituindo o asfalto por uma camada grossa de concreto armado, de pelo menos 10 cm. Realmente, estradas de fazer inveja.

Produtos Made in Brazil no Equador

Música - quase não teve um dia em que não ouvi num rádio de carro, ônibus ou nas ruas, uma canção antiga de Roberto Carlos, cantada por ele mesmo, em espanhol ou por outro cantor. Parece que a música do “rei” está com a bola toda por aqui.

Novelas - uma emissora de TV exibia Camino de Índias (Caminho das Índias), outra exibia Xica da Silva, com Taís Araújo beeeem mais jovem.

Ônibus – vi alguns ônibus da fábrica brasileira de carrocerias CAIO, todos com aquela plaqueta “Made in Brazil” na chaparia traseira.

Transporte – em Curitiba há um eficiente sistema de ônibus (RIT – Rede Integrada de Transporte) que funciona como metrô, com as chamadas estações-tubo, criado nos anos 80, pelo prefeito que era arquiteto (Jaime Lerner). No ano 2000, os colombianos copiaram o modelo e implantaram em Bogotá o sistema que lá se chama Transmilênio; por sua vez, em 2004, os equatorianos imitaram os colombianos e implantaram em Quito o que eles chamam de metrobus. De qualquer forma os sistemas da Colômbia e do Equador são inspirados na idéia brasileira. E a Cidade do Salvador anuncia agora que vai copiar o Transmilênio de Bogotá, sem que eu tenha entendido porque não se referem ao projeto original brasileiro.

Coisas do Brasil e do Equador

Tagua/Jarina - no Equador estive numa oficina onde fazem e vendem peças decorativas feitas do que eles chamam de “tagua”, um vegetal oriundo da região amazônica daquele país. Para quem já esteve na região amazônica brasileira, a “tagua” não é novidade pois é simplesmente o que lá em Belém do Pará, por exemplo, se chama de Jarina, conhecida também como “marfim vegetal” , em razão da aparência, da cor e da dureza das peças produzidas com estas sementes.

Carambolas, ora bolas - algumas frutas que vi no Equador são conhecidas no Brasil e têm lá o mesmo nome que têm em outros países hispânicos, vejamos: piña (abacaxi); avocado (abacate); sandia (melancia); melocoton (melão); maracuya (maracujá); guayaba (goiaba); arazá (araçá); mandarina (tangerina); tamarindo (tamarindo). Até aí, sem novidades, pois são frutas sabidamente populares em vários países, mas surpresa mesmo eu tive quando vi carambolas à venda na rua, fruta que acredito não ser conhecida em algumas regiões brasileiras. Perguntei ao vendedor como se chamava aquela fruta no Equador e ele respondeu “carambola”.





Chapéu Panamá

Você sabia que o chapéu de palha conhecido como “Chapéu Panamá” não é feito naquele país da América Central? Pois é, o chapéu Panamá é fabricado no Equador, onde eles o chamam de “sombrero de paja toquilla”, assim como usam também o nome “Panama Hat” para promoção comercial do produto. A razão disto é que o chapéu tornou-se famoso, depois de ter sido utilizado pelo presidente americano Thedore Roosevelt, numa visita ao Canal do Panamá em 1906. Numa oficina de Cuenca pude conhecer o processo de acabamento dos chapéus, fazer com minhas próprias mãos uma parte desse processo e saber que o preço de um chapéu Panamá varia de 15 a 450 dólares.




Busetas Coloridas

As principais cidades do Equador, tais como Quito, são conectadas a outras cidades por meio de ônibus pequenos ou médios que eles chamam de busetas (diminutivo de autobuses). Estes ônibus são exuberantemente coloridos, como se as empresas disputassem qual pintura externa chama mais a atenção.

Economia

Desde março de 2000, o governo do Equador passou a usar o dólar americano como moeda corrente. A moeda nacional, que se chama Sucre, só circula como fracionária, razão pela qual só temos contato com moedas e não cédulas da moeda equatoriana.

Globalização

Conta a história das Relações Internacionais que no apagar das luzes da Guerra Fria e do desmonte da URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas -, a segurança mundial e a bipolaridade abriram espaço, na agenda da ONU, e, por conseguinte, mundial, para temas antes restritos ao interesse de algumas comunidades, tais como meio ambiente; equidade de gêneros e respeito à diversidade. O Equador, como parte da aldeia global, não iria ficar de fora e foram muitos os cartazes e placas que vi espalhados pelas estradas e cidades com campanhas de combate à violência contra mulheres bem como placas tais como: desfrute da paisagem andina; rio é vida, não polua; respeite a fauna; cuide das árvores. E na TV local cheguei a ver a cobertura de uma parada gay, com depoimentos de homossexuais masculinos e femininos contra a homofobia, tal qual se vê no Brasil.

Política

Conversei com um cidadão equatoriano sobre a situação geral e política do país. Ele me disse que houve avanços em infra-estrutura e combate à corrupção com o início da gestão de Rafael Correa em 2007. Contou-me que em 2008 foi feita uma eleição específica para escolher constituintes que iriam elaborar uma nova Carta Magna, enquanto o Congresso permaneceu fechado. Em seguida foi levado a referendo popular a Carta Magna e a assunção das funções legislativas pelos novos constituintes. Havia tanta corrupção entre os parlamentares que o povo adotou a nova constituição e a troca da bancada legislativa.

Caim e Abel

O mesmo cidadão que me falou da política comentou que o Presidente Rafael Correa, cumprindo a nova Carta Magna, havia mandado encerrar todos os contratos do governo com a empresa de um seu irmão. O irmão ficara tão irritado com a medida que passou a fazer campanha contra Rafael Correa e tornara-se seu inimigo.

sábado, 7 de agosto de 2010

Juan Manuel Santos toma posse como presidente da Colômbia

Por Camila Gregurincic

Notícia retirada do site noticias.terra.com.br

O presidente Juan Manuel Santos durante seu primeiro discurso como chefe de estado, na tarde deste sábado, em Bogotá.

Juan Manuel Santos tomou posse neste sábado como presidente da Colômbia em uma cerimônia iniciada às 15h40 local (17h40 de Brasília) na Praça de Bolívar, em Bogotá, com a presença de vários chefes de Estado e de governo.

"Juro diante de Deus e prometo ao povo cumprir fielmente a Constituição e as leis da Colômbia", disse Santos. Ele, que estava acompanhado de sua mulher María Clemencia e de seus três filhos adolescentes, foi juramentado pelo presidente do Congresso, Armando Benedetti, nas escadarias do Palácio Legislativo.

Santos sucederá Álvaro Uribe, que ostentou o cargo desde 2002, e se transformará no 59º líder da história republicana do país. O ato contou com a presença de Uribe, convidado por Santos, que é considerado seu herdeiro político. É a primeira vez na Colômbia que um presidente em fim de mandato participa do juramento de seu sucessor. Santos prestou juramento e recebeu a faixa presidencial diante dos mais de 5 mil convidados, entre os quais há 107 delegações internacionais representadas, segundo os últimos dados fornecidos pela chancelaria colombiana.

Entre os presidentes estrangeiros que foram ao evento, estavam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Felipe Calderón, Cristina Kirchner, Rafael Correa, Alan Garcia e José Mujica. Antes da cerimônia de posse, Santos, como presidente eleito, esteve em uma cerimônia indígena na cadeia montanhosa Sierra Nevada de Santa Marta, no norte do país, onde recebeu um bastão de comando dos líderes espirituais locais.

Ele assume o cargo já tendo que lidar com uma crise diplomática herdada de seu antecessor. Uribe acusou a Venezuela de proteger terroristas em seu território, em referência às alegações de que do país, supostamente, abrigar 1,5 mil guerrilheiros. O governo venezuelano nega as acusações e rompeu relações com a Colômbia.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tratado de Vestfália

Por Camila Gregurincic


Para entendermos bem o que foi o Tratado de Vestfália e suas conseqüências é necessário comentar sobre a Guerra dos 30 anos e a formação de Estados Soberanos.

Nos séculos XVI e XVII a Europa vivia um momento de desordem causado por diversas guerras. Guerras ocasionadas por conflitos religiosos (protestantes X católicos), comerciais e territoriais. A principal e mais violenta foi a guerra dos trinta anos (1618-1648) entre diversas potências européias, principalmente a Alemanha, sendo o país mais derrotado e devastado da guerra.

Em 1648, após três, quatro anos de negociação de paz entre protestantes e católicos, reunidos em Münster e Osnabrück, o tratado de paz foi assinado. É chamado de Tratado de Vestfália, pois o acordo foi firmado nessas cidades da região de Vestfália (atualmente situa-se na região oeste da Alemanha). Com o fim da Guerra dos 30 anos, houve uma fragmentação, descentralização do continente europeu. Várias nações, entre as quais os Países Baixos e a Suíça, viram reconhecida a sua independência.

Foi nesse período que a França tomou a região Alsácia-Lorena do Império Romano-Germânico, mas foi devolvida para a Alemanha com o Tratado de Frankurt, no fim da guerra Franco-Prussiana...Mas depois da Primeira Guerra Mundial, a região volta a ser de domínio francês....Maaass retomada para a Alemanha e na Segunda Guerra Mundial volta a ser de domínio francês, permanecendo até hoje. Finalmente né? Quando estava estudando isso, até me perdia quantas vezes a Alsácia Lorena foi tomada e devolvida...Mas o que importa é que vimos uma briga entre Alemanha e França para esta região, mas que hoje é de domínio francês.

Mas voltando ao assunto que realmente importa, falta eu comentar sobre a noção de Estados Soberanos. O Tratado de Vestfália foi um marco para formação dos Estados Soberanos, pois a partir dele, foram definidas fronteiras e controle absoluto sob esses territórios.

"Os princípios normativos centrais fixados neste tratado - territorialidade, soberania, autonomia e legalidade."

Vários autores e estudiosos afirmam que o Tratado de Vestfália foi o início da diplomacia moderna, pois foi a primeira vez em que se reconheceu a soberania do Estado. Já outros atores afirmam que a soberania foi um processo.