terça-feira, 24 de agosto de 2010

Hugo Chávez: Si o no?

Conversando com o Antônio Carlos Silva Ferreira, autor de dois textos postados aqui no blog (Equatorianas e Quebec), discutíamos sobre a política implantada por Hugo Chávez:

1)Os pobres e os muito pobres são os que votam, incondicionalmente, a favor de Chávez.
2)A classe média, indecisa e sem muita opção, não são nem a favor nem contra.
3)Os ricos e os muito ricos, empresários e comerciantes, prejudicados pela atual política, são totalmente contra.

Baseado nos fatos verídicos, noticiados em todos os jornais, na instabilidade política e econômica, acredito que a política do presidente venezuelano baseia-se muito no populismo, enquanto deveria de ter um equilíbrio maior entre o populismo e a elite.

Lendo textos a respeito da economia venezuelana há duas décadas e conversando com pessoas que freqüentaram o país, constato que realmente a desigualdade social e econômica era muito grande. Um país explorado por suas riquezas naturais, por potências econômicas, nacionais e multinacionais que em nada repassavam os grandes lucros para melhoria da condição social.

Caros leitores, a política do senhor Hugo Chávez poderia ser considerada correta na atual conjuntura. Porém, acredito que deveria ser implantada com doses homeopáticas. Antigamente e atualmente, a Venezuela dependia e depende, única e exclusivamente, da venda do seu produto natural mais valioso, o petróleo. Baseado na política socialista-bolivariana atual, a produção bem como a venda do petróleo, decairam drasticamente por falta de investimentos, bem como, potências capitalistas deixaram de comprá-lo.

Em função da política radical de Chávez, em ataque e fechamento de meios de comunicação e aos grandes empresários, essa parte populacional resolveu encerrar suas atividades e imigrarem para outros países. Dessa forma, o país perdeu grande parte da classe produtiva, que bem ou mal, diversificava o PIB e fornecia empregos no país. Atualmente, verifica-se que a taxa de desemprego e inflação são ascendentes e os produtos importados aumentaram de preço.

Em suma, observa-se certa insatisfação generalizada na política atual. Os pobres que sempre apoiaram Chávez estão desiludidos por não verem um futuro promissor ao país. No final de setembro estamos prevendo uma eleição muito acirrada com relação à continuidade da sua política social-bolivariana, até porque o voto na Venezuela não é obrigatório como aqui no Brasil e além disso, acredita-se que a oposição irá avançar, mas Chávez terá maioria. Vamos esperar os próximos acontecimentos.

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