sexta-feira, 21 de maio de 2010

Crise da Grécia: Entenda !

Por Andréia Cristina

A crise européia teve por estopim os problemas fiscais da Grécia, às voltas com um déficit público muito pesado para administrar sem ajuda externa e com o risco sempre iminente de um calote.

Quando os mercados tomaram consciência dos problemas gregos, outros países da zona do euro (que adota a moeda européia) com as finanças em estado tão problemático quanto a nação grega ganharam destaque, entre eles, Espanha, Portugal e Irlanda.

Para fazer frente à crise de 2008, muitos desses países incorreram em pesados gastos públicos para resgatar seus sistemas financeiros e agora têm que arcar com a deterioração de suas contas nacionais.

Nesse contexto, os participantes do mercado financeiro começaram a desconfiar da capacidade desses países em honrar suas dívidas, levantando dificuldades em aceitar papéis emitidos por essas nações e criando um círculo vicioso de dívidas a juros altos e prazos curtos.

A Grécia é somente o caso mais grave, e, portanto, mais visível desse drama, já que tem dívidas de bilhões de euros para vencer no curto prazo, sem dinheiro e sem crédito na praça. O país tentou ganhar a confiança dos investidores, anunciado severas medidas para cortar gastos públicos, provando suas condições de saldar seus compromissos financeiros. Como resultado, a nação foi sacudida por violentas manifestações populares, que resultaram em três mortes, recentemente, além da descrença sobre a capacidade do país em cumprir suas promessas de rigor fiscal.

Economistas temem que um calote grego crie um efeito de contágio sobre as demais economias problemáticas, que também possuem títulos negociados na praça financeira.

Como os bancos dos países europeus têm carteiras forradas de dívidas uns dos outros, especialistas viam o cenário montado para uma crise sistêmica, à semelhança da crise de 2008.

Naquele ano, houve uma paralisia do circuito de crédito, já que nenhuma instituição financeira se animava a emprestar recursos para outra instituição, num contexto em que praticamente todos carregavam créditos "tóxicos" (depreciados), mas ninguém sabia o montante total das perdas.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u732746.shtml

Um comentário:

  1. Déia acho que já estavamos precisando explicar essa Crise da Grécia mesmo...bom só pra melhorar mais o texto, a Grécia, como Portugal e Espanha foram países que foram ajudados por outros países, para implementarem o Euro, só que para isso eles deveriam ter controle de gastos, taxa de juros e inflação...só que com a Crise de 2008 esses gastos aumentaram, prejudicando a principal atividade da Grécia - o Turismo - Isso é diferente no Brasil pois o que nos "segura" é a atividade econômica interna, já na Grécia não é assim, pois como falei, é o turismo.

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