O Reino da Bélgica situa-se a oeste da Europa e é considerada como o "coração" do continente europeu.
Fronteiras: Países Baixos, Luxemburgo, França e Alemanha.
Capital: Bruxelas
Governo: Monarquia Constitucional
Chefe de Estado: Rei Albert II
Primeiro Ministro: Yves Leterme (Pediu demissão ao Rei/Eleições legislativas antecipadas)
Estado Federal dividido em três regiões:
-Flandres ao norte, onde se fala flamengo (holandês).
-Valónia ao sul, onde se fala francês.
-Bruxelas, capital bilingue, onde o francês e o holandês são línguas oficiais.
O território Belga já esteve sob domínio: espanhol, austríaco, francês e dos Países Baixos.
As duas partes do país, com o passar dos anos, desenvolveram-se e constituíram-se com características muito peculiares. As tensões políticas entre o Norte e o Sul refletiram a opinião de suas populações como um todo. Não existe um sentimento nacionalista que una o país, sendo o Rei Albert II o único símbolo de união entre as duas regiões.
O sul valão, mais pobre e com raízes culturais francesas.
A região de Flandres manteve seu idioma, industrializou-se, manteve sua economia baseada em petróleo durante o século XX, e que hoje é voltada para exportação.
Já a Valónia permaneceu predominantemente agrícola e, hoje, é extremamente dependente da Política Agrícola Comum da União Européia, com taxa de desemprego duas vezes maior que em Flandres.
Toda essa diferença cultural abre espaço para a possibilidade de uma separação do Estado da Bélgica.
Para o Sul, uma separação com o Norte seria danoso devido aos benefícios recebidos pelo governo federal à sua população. Os recursos vindos da seguridade social e os subsídios agrícolas, elevados devido ao grande índice de desenvolvimento do Norte, garantem a economia e a renda da população do Sul.
Além disso, o Norte do país possui uma orientação mais de direita e liberal, enquanto o Sul mais à esquerda. Como existe uma certa autonomia entre as duas regiões quanto aos governos locais, o sul se torna muito mais burocrático e portanto apresentando mais gastos públicos.
Caso a atual crise política leve a uma cisão dentro do país (o que é pouquíssimo provável no curto prazo), a região administrativa (Bruxelas) provavelmente não pertenceria a nenhuma das regiões, mas sim se efetivaria como capital da União Européia.
Hoje, a Bélgica é um país que não apresenta uma rivalidade entre duas regiões, mas sim um não reconhecimento que gera perguntas sobre o real motivo de estarem juntos sob a mesma bandeira, será que uma separação do Estado Belga seria a melhor opção?
Demissão do Primeiro Ministro Yves Leterme: http://noticias.r7.com/internacional/noticias/primeiro-ministro-da-belgica-pede-sua-demissao-ao-rei-20100422.html
Eleições iniciaram em 13 de junho de 2010: http://noticias.r7.com/internacional/noticias/belgica-realiza-eleicoes-legislativas-que-podem-aprofundar-sua-crise-20100611.html
Separatistas vencem: http://noticias.r7.com/internacional/noticias/partido-que-quer-separar-a-belgica-vence-eleicao-20100613.html
Preferi colocar assim, pois além de explicar melhor, mostro a fonte também.
Na minha opinião, todo esse conflito entre norte e sul na Bélgica lembra a Guerra de Secessão, conflito entre norte e sul nos Estados Unidos; No passado os norte-americanos queriam separação também, mas podemos ver que hoje vivem bem. Não acho que a separação entre norte e sul da Bélgica seja a melhor solução...mas vamos ver como serão as atitudes dos próximos governos.